Campanha chama a sociedade e usuários a refletir sobre o comportamento nas vias públicas.

O movimento Maio Amarelo é um convite à reflexão e um chamado à ação para a sociedade sobre os comportamentos de risco no trânsito. Não só os motoristas e pedestres têm responsabilidades que refletem diretamente no setor de mobilidade, como as lideranças e a sociedade de modo geral.
O tom da campanha nacional em andamento é a conscientização de que não há bem maior que a vida de cada cidadão. Portanto, trafegar e transitar pelas vias públicas com prudência, respeitando as leis, é a fórmula eficaz de proteger vidas.
Dentre os principais vilões que contribuem para as estatísticas negativas estão o excesso de velocidade, o desrespeito à sinalização, direção sob efeito e álcool e substâncias tóxicas, bem como o uso de celular ao volante e manobras inadequadas, entre outras imperícias. O subcomandante do 20º Batalhão da Polícia Militar de Concórdia, Claudemir Ronning, pontua que a falta de consciência em relação à responsabilidade dos condutores é um dos fatores que desencadeia a maior parte dos acidentes de trânsito. “As pessoas quando dirigem devem prestar atenção e seguir as regras, mas, infelizmente, muitos motoristas se transformam ao pegar no volante”.
O subcomandante destaca que os municípios desempenham um papel fundamental na organização do trânsito. “Geralmente é firmado um convênio entre o Detran, Polícia Militar e prefeituras, que estabelece as responsabilidades de cada parte. Ao município cabe, principalmente, a sinalização das vias, a estrutura geral, bem como a realização de campanhas educativas”.
Ele enfatiza também que os motoristas têm uma responsabilidade ainda maior, especialmente porque os veículos são máquinas potentes e perigosas. Sendo assim, exigem -se atenção e respeito aos mais vulneráveis no trânsito. “A primeira responsabilidade é sempre de quem está dirigindo. O trânsito é um espaço de socialização, mas, muitas vezes, isso não é respeitado”, afirma. Ainda assim, reforça que todos os envolvidos têm deveres a cumprir. “Os pedestres, por exemplo, devem respeitar a sinalização, atravessar nas faixas apropriadas e evitar pontos de travessia em áreas com grande fluxo de veículos”.
Já a missão da Polícia Militar é de policiamento ostensivo, com o objetivo de prevenir e reprimir atos relacionados à segurança pública no tráfego, garantindo a livre circulação e evitando acidentes. Isso inclui a fiscalização de infrações, aplicação de multas e medidas administrativas, e atuação em acidentes. Claudemir Ronning finaliza salientando que a responsabilidade coletiva é o ponto-chave para melhorar a fluidez no trânsito e prevenir acidentes.

Estado

Em 2024, a Polícia Militar Rodoviária (PMRv) contabilizou 235 mortes em rodovias estaduais de Santa Catarina, em 212 acidentes fatais. Ao todo, foram registrados 7.205 sinistros de trânsito, uma alta de 5,3%, em comparação aos 6.838 registrados em 2023. Já nas federais foram 415 óbitos no ano passado em mais de 8,3 mil acidentes, com as BRs 282 e 101 sendo as mais mortais.